Todos os atletas e praticantes de atividades físicas, em
qualquer nível, sabem que a dor muscular faz parte da rotina de treinos. Os episódios de
dor tardia – aquela que se caracteriza por surgir algumas horas depois da
atividade – são comuns e podem permanecer por até uma semana. Ela surge
principalmente por um padrão de movimentos diferente do habitual ou pelo
aumento da carga e intensidade
do treino.
A dor tardia acontece
enquanto o corpo se recupera do trauma muscular sofrido, contudo existem outras formas
de dor que não são aceitáveis e merecem uma atenção especial. O atleta precisa
aprender a distinguir as dores
passageiras e normais
causadas pelo esforço do treino e as dores que podem ser perigosas, que indicam
uma lesão. Para isso, é essencial aprender a ouvir seu corpo.
A dor
e as lesões trazem
níveis diferentes de desconforto. O desconforto sentido durante o treino ou a
dor leve e simétrica, não devem preocupar, em geral elas são sinal de que o
treino está progredindo. Após exercícios de alta intensidade, também pode
surgir uma dor na região alvo do treino. A recuperação dessas dores acontece
normalmente e a atividade física moderada pode ajudar, principalmente a
atividade aeróbica que faz o
coração trabalhar mais rápido e
ajuda a eliminar os resíduos, assim como o alongamento suave, que também
acelera o processo de recuperação.
Qualquer dor é importante e
merece atenção, contudo as dores súbitas e agudas exigem
um cuidado extra, especialmente se forem fortes ou forem acompanhadas de
inchaço, sangramento ou perda do movimento da articulação. Vale salientar que o
fato de não sentir nada no dia seguinte não significa nada. Da mesma forma,
o fato de a dor e os sintomas diminuírem durante o treino, por exemplo, é
comum, graças a ação da endorfina, o que pode mascarar algum problema mais sério,
especialmente se for uma lesão recorrente.
Por isso, se a dor persistir,
e vier acompanhada de fraqueza e desconforto, é importante procurar um médico, evitando
agravar ainda mais o problema. O atleta precisa aprender a escutar seu corpo,
só assim vai identificar a dor normal dos treinos e a dor que serve como alerta
de que alguma coisa está errada.
Forte abraço a todos;
Conrad
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