Quem prefere caminhar a correr agora tem mais motivos para continuar no
ritmo das passadas. A caminhada moderada pode ser tão eficiente para a saúde
quanto a corrida vigorosa. Um estudo apontou que as
pessoas que caminham também tem menos riscos de ter diabetes, hipertensão e
doenças coronarianas.
Pesquisadores acompanharam por seis anos 33.060 corredores e 15.045
praticantes de caminhada, comparando os gastos de energia relatados pelos
entrevistados, e os diagnósticos médicos de hipertensão, hipercolesterolemia,
diabetes e doença cardíaca coronariana. Os indivíduos estudados tinham idades
entre 18 a 80 anos, mas a maioria estava entre os 40 e 50 anos de idade.
Para os cientistas, os resultados são semelhantes porque ambas as
atividades físicas envolvem os mesmos grupos musculares, apenas mudando a
intensidade de seu trabalho. Na verdade, entre os entrevistados que praticavam
caminhada, as reduções do risco eram ainda maiores:
- O risco de desenvolver hipertensão diminui 4,2% com corrida, e 7,2%
com caminhada
- Já o desenvolvimento de colesterol alto cai 4,3% em corredores e 7% em quem caminha
- A diferença na queda dos riscos de diabetes foi pouca: 12,1% na corrida e 12,3% na caminhada
- Quem caminha reduz os riscos de doença coronariana em 4,5%, contra 9,3% em quem prefere correr
- Já o desenvolvimento de colesterol alto cai 4,3% em corredores e 7% em quem caminha
- A diferença na queda dos riscos de diabetes foi pouca: 12,1% na corrida e 12,3% na caminhada
- Quem caminha reduz os riscos de doença coronariana em 4,5%, contra 9,3% em quem prefere correr
A corrida e a caminhada foram medidas pela distância percorrida, ao
contrário de outros estudos que contabilizavam o tempo da atividade. Logo, os
corredores têm a vantagem de se exercitar mais em menos tempo. E quanto maior a
distância que as pessoas estudadas andavam ou corriam, maior a redução dos riscos
destas doenças em cada um deles. Portanto uma hora de corrida melhora os
índices de saúde mais do que uma hora caminhando.
Faça da
caminhada um treino
Mas não é qualquer caminhada que ajudará a reduzir as chances de ter colesterol alto, diabetes ou hipertensão. Sua intensidade tem que ser de moderada a intensa, o que demanda mais do que um simples "bater perna". Para potencializar o exercício e torna-lo um treino mesmo, é preciso encará-lo como uma atividade física.
Veja sete maneiras de tornar a caminhada
em um treino para fortalecer o corpo e trazer condicionamento físico.
Mantenha a frequência
Fazer caminhadas de 30 minutos, três vezes por semana, é suficiente
para trazer benefícios à saúde e à estética. Menos que isso provavelmente não
trará bons resultados. Para os que já treinam há algum tempo, vale aumentar o
tempo, a frequência ou o ritmo da caminhada, sempre observando a resposta do
seu corpo ao novo estímulo.
Cada pessoa tem seu próprio condicionamento físico e, por isso, o
ritmo e a frequência dos exercícios devem ser estabelecidos individualmente. O
educador físico Carlos Henrique Sapucaia, de São Paulo, especialista em
Treinamento Resistido, explica que uma pessoa sedentária pode ter resultados
prejudiciais se praticar além do que o seu corpo é capaz de suportar, enquanto
alguém altamente condicionado não teria efeitos positivos se praticasse poucas
vezes.
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